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Crise é oportunidade para repensar processos e alavancar produtividade do país

Nas últimas duas décadas, o Brasil experimentou um crescimento muito modesto da produtividade da indústria. O país não conseguiu sustentar a evolução registrada na década de 1990. Apesar de muitos fatores externos interferirem no desempenho das fábricas, há desafios que precisam ser superados da porta para dentro das empresas. Como fazê-lo foi o cerne do debate do terceiro painel do primeiro dia do Encontro Nacional da Indústria (ENAI).

Na abertura da sessão Produtividade: soluções ao alcance da indústria, Vijay Gosula, sócio-diretor da McKinsey Brasil, trouxe uma análise da trajetória da eficiência no país. Na avaliação dele, o perfil de indústria escolhida aqui é de baixa produtividade, mas o momento atual é de repensar a estratégia. “Tenho convicção de que a crise é oportunidade para repensar produtos, processos e tirar lições para nos tornarmos mais produtivos e termos empresas mais sadias”, avaliou.

Marcelo Marx, diretor-geral da gaúcha Delta Frio, comentou como foi a experiência da empresa com o Indústria+Produtiva, programa concebido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e executado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Segundo ele, a iniciativa ajudou a identificar e resolver gargalos na produção a baixo custo e em pouco tempo. \"O projeto provocou nosso olhar e encontramos outros gargalos. Realmente é um processo de melhoria contínua e isso pode ser uma realidade para pequenas e médias empresas \", afirmou o empresário.

Iniciativas bem sucedidas como essa evidenciam a necessidade de tornar a busca pela produtividade o objeto de políticas públicas. “De fato, há lacunas nas políticas públicas voltadas para a produtividade. Precisamos ir além do aumento da produtividade da empresa por si e transformar as cadeias mais produtivas”, afirmou Marcos Otávio Bezerra Prates, diretor do Departamento das Indústrias Intensivas em Mão de Obra e Recursos Naturais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). 

É prática comum entre empresas grandes desenvolver programas de melhoria contínua em busca da maior eficiência possível, mas o assunto deve estar na pauta e no planejamento dos pequenos negócios. A diretora técnica do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Heloísa Menezes, citou iniciativas da instituição para trabalhar a produtividade de empresas e de elos produtivos, mas ressaltou a importância de melhorar a gestão dos negócios. “É aí que acontecem ganhos muito mais claros. Há empresas que tiveram 25% de ganhos de produtividade com melhora da gestão. Mas chega num limite que ações de gestão precisam ser revisitados. E é um aprendizado permanente que precisa ser feito no dia a dia”, reiterou.

*Notícia retirada do site da CNI.

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